Paulo Roberto: talento do halterofilismo paralímpico

O mundo do esporte é repleto de histórias inspiradoras, e o paratleta potiguar Paulo Roberto, com seus 18 anos de idade, é um verdadeiro exemplo de determinação e resiliência. Enfrentando desafios físicos e emocionais, ele se tornou um vencedor no halterofilismo, mostrando ao mundo que não há obstáculos intransponíveis quando se tem vontade e paixão pelo que se faz.

Paulo Roberto, desde cedo, teve que superar as dificuldades impostas pelo nanismo. Sua trajetória no esporte começou na natação, como parte da fisioterapia para lidar com essa condição. Com o tempo, a natação não só o ajudou a se adaptar melhor ao nanismo, mas também o levou a conquistar medalhas nas Paraolimpíadas Escolares em São Paulo, onde brilhou com as medalhas de ouro e prata em 2018 e 2019, respectivamente.

No entanto, o jovem atleta não parou por aí. Ele descobriu sua verdadeira paixão no halterofilismo, onde encontrou seu lugar de destaque na categoria de 49 quilos. Suas conquistas nessa modalidade são notáveis, incluindo um terceiro lugar no meeting paralímpico em Natal, um segundo lugar nas Paraolimpíadas Escolares em São Paulo e um segundo lugar no campeonato brasileiro.

Apesar de todas as vitórias e glórias alcançadas, Paulo Roberto enfrenta desafios consideráveis. Um deles é sua localização geográfica. Ele mora em Ielmo Marinho, a quase 50 quilômetros de Natal, o que dificulta o acesso a treinamentos adequados e constantes. Essa dificuldade, porém, não o impediu de perseguir seu sonho e se destacar no halterofilismo.

O jovem atleta destaca a importância de seu treinador, Luanderson, da Sadef-RN, que se tornou um grande aliado em sua jornada esportiva. Com uma conexão única, Paulo Roberto descreve Luanderson como um treinador disciplinado, que o apoia, ensina e, quando necessário, o desafia a melhorar e se superar.

“A minha experiência com ele é muito boa, é uma conexão muito boa, porque ele me ensina, me apoia também, às vezes briga, tipo, ó, eu tenho que fazer isso, isso tá errado, então é uma experiência muito boa e treinar com ele, ele é um treinador muito disciplinar”, destacou Paulinho, como é chamado carinhosamente pelo professor.

Para o futuro, o paratleta potiguar tem grandes planos. Ele se prepara para competições futuras, como o meeting paralímpico em Recife, e almeja ser convocado novamente e representar o Brasil no Mundial de Jovens em Dubai no próximo ano. Seus treinos estão cada vez mais intensos, pois ele se prepara para enfrentar esses desafios com dedicação e empenho.

“Eu treino três vezes por semana, então esses treinos estão sendo meio intensos, mas também eu sei que eu estou me preparando para uma grande missão, que são essas competições”, conta Paulinho.

Representar seu estado, o Rio Grande do Norte, é uma honra para Paulo Roberto. Ele se orgulha de elevar o nome do estado por meio de suas conquistas esportivas, provando que os atletas potiguares são gigantes em suas habilidades e talentos.

“Eu fico honrado demais, tipo ir para São Paulo, ir para um brasileiro, representando o Rio Grande Norte, eu sei que é representando também o meu clube que é a Sadef-RN, mas também eu represento muito o estado, elevando o nome do estado. O nosso estado tem um peso no paradesporto, que são de atletas com histórias muito gigantes. Então, o paradesporto potiguar está sendo muito bem representado, não só por mim, mas outros para atletas”, diz o atleta.

Entretanto, nem tudo foi fácil para o jovem atleta. Ele teve que lidar com obstáculos pessoais, enfrentando a descrença de algumas pessoas que não acreditavam em seu potencial. Mesmo ouvindo negativas, Paulo Roberto mostrou que a força interior e a determinação em seguir adiante, apoiado por seus pais, foram cruciais para seu sucesso.

“Eu acho que todo paratleta e atleta também já passaram, que é ouvir: nada mais, nada menos, que a palavra ‘não’. Ninguém acredita nas pessoas que querem crescer, então eu já passei por isso, de pessoas que não acreditaram em mim no começo, mas claro, não ouvi as pessoas, seguir em frente sozinho, claro, juntamente com os meus pais, fui pra cima e botei bola pra frente”, finaliza Paulo Roberto.

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