DNA potiguar na Seleção Brasileira Feminina

Vinte e oito anos. Um metro e 67 centímetros. Sessenta e quatro quilos. Sangue potiguar e garra para ganhar o mundo. Essa é Antonia Ronnycleide da Costa Silva, mais conhecida como Antonia, que recentemente conquistou o título da Copa América pela seleção brasileira de futebol feminino.

Natural de Riacho de Santana, cidade distante 414 km de Natal, Antonia sempre soube o que quis: jogar bola. “Minha carreira começou dentro de casa. Meu pai era jogador amador e eu fui criando aquela paixão, aquele desejo, porque a bola sempre esteve ali. E aí isso foi se expandindo. Foram percebendo o meu talento e me colocaram [para jogar] na escola, aí comecei a participar de Jogos Escolares e as coisas foram aumentando. O sonho foi ficando mais vivo”, contou.

Mas muito além de apenas sonhar, Antonia agiu. Aos 15 anos, ela agarrou a primeira oportunidade que surgiu para fazer do futebol a sua realidade. “Eu saí do interior quando recebi a minha primeira proposta [para estudar e jogar] em uma escola particular de Natal, o Piaget. Aí um ano depois fui chamada para jogar no ABC”, lembrou a jogadora.

E não parou por aí. “Eu vi que tinha chegado em dois dos maiores times de Natal, tanto de escolas quanto de clubes, e percebi que eu queria mais. Foi quando eu decidi ir para São Paulo buscar uma carreira lá. Aí lá também passei por grandes equipes, como o Tiger, a Portuguesa, o São Bernardo do Campo e o São José dos Campos”, contou a lateral.

Até então, toda a carreira de Antonia vinha sendo construída no futsal. Mas em 2016 ela resolveu mudar para o campo. E logo no início, em janeiro de 2017, já surgiu sua primeira convocação para a Seleção.

Dois anos depois, a carreira nacional virou internacional. Antônia decidiu alçar novos voos e foi jogar fora do país. “Em 2019 eu fui para o meu primeiro clube fora do Brasil: o Madrid CFF. E hoje estou no Levante. Ambos na Espanha”, disse.

Mas a atuação na Seleção permaneceu em paralelo. Da primeira convocação até hoje, a potiguar participou de 18 jogos representando o Brasil e, na última semana, foi titular da lateral direita da Seleção na conquista da Copa América.

“Foi a realização de um sonho. Paro e penso: ‘todo esforço, meu e da minha família, ficar longe dela, tudo isso valeu a pena’. A sensação é de gratidão, de enorme felicidade e de sonho realizado”, disse a potiguar.

E como uma boa caçadora de sonhos, Antonia não está satisfeita e quer chegar ainda mais longe. “Agora o desejo é de continuar crescendo e de alcançar coisas maiores, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Se Deus quiser!”, desejou.

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