Destaque na produção nacional e com várias ações de estímulo ao setor, RN se prepara para a 18ª edição da Semana do Pescado

Com cerca de 410 Km de costa e situado na chamada esquina do continente Sulamericano, o Rio Grande do Norte segue se consolidando como um dos grandes produtores de pescado do país. Nesta condição, o estado aguarda com empolgação a realização da edição de número 18 da Semana do Pescado. A semana, que tem início de 1º a 15 de setembro, tem como foco principal ampliar o consumo destes produtos no país.

Atualmente, o Rio Grande do Norte produz cerca de 15 mil toneladas por ano de peixes oceânicos, como o atum e o Meca, o que equivale a aproximadamente 40% da produção nacional. A atividade já movimenta próximo de R$500 milhões por ano no estado e tem seu crescimento puxado pelo advento de um novo polo produtor na região de Areia Branca.

A cidade litorânea – que já tinha destaque no cenário econômico potiguar como grande produtora de sal – foi, inclusive, reconhecida em setembro do ano passado como Capital Estadual do Atum, em Lei (nº 10.769/2020) sancionada pela governadora Fátima Bezerra.

Das cerca de 15 mil toneladas/ano de atum produzidas pelo estado, mais da metade (algo em torno de 8,5 mil toneladas) são produzidas na cidade do Oeste potiguar. A cadeia do atum já gera, em Areia Branca e região, aproximadamente 2 mil empregos entre diretos e indiretos.

Além dos atunídeos, o Rio Grande do Norte também se destaca na produção de camarão. O estado recuperou, em 2017, o posto de maior produtor do país do crustáceo e produz atualmente algo em torno de 21 mil toneladas por ano, movimentando R$ 520 milhões todos os anos nesta cadeia.

“Os números de produção de pescados no nosso estado são superlativos e mostram a relevância de qualquer ação que venha a estimular esta cadeia como um todo. O governo do estado tem esta consciência e vem atuando de maneira muito perene para isso. O apoio à semana do pescado é mais uma destas iniciativas”, afirma o titular da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha.

Saldanha cita ações como a lei que criou o Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária (PECAFES). A lei foi sancionada pela governadora Fátima Bezerra no início deste ano e insere os pescados potiguares entre os produtos que devem merecer prioridade nas aquisições; a isenção tributária para o óleo diesel usado nas embarcações; e a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para beneficiar os produtores da carcinicultura. O secretário também pontua a retomada do Terminal Pesqueiro de Natal que deve ser concedido à iniciativa privada.

A semana

A Semana do Pescado 2021 será realizada de 1º a 15 de setembro, em todo o país e tem como objetivo principal incentivar o consumo deste tipo de alimento. O consumo de pescados por habitante no Brasil é um dos menores do mundo. Em média, cada brasileiro consome cerca de 12kg por ano. Para se ter uma ideia, o consumo mínimo recomendado pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) é de 16Kg e a média mundial fica na casa dos 20 Kg por habitante. O país que mais consome pescado no mundo é a Coreia do Sul (78Kg por habitante/ano). Na Europa, o maior consumo é registrado em Portugal (61 Kg por habitante/ano).

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