Ano letivo começa sem aula presencial em unidades e protestos de pais e alunos

Pais e alunos da Escola Municipal Maurício Fernandes da Silva realizaram protestos por não retorno das aulas presenciais nesta segunda-feira. Das 95 unidades de ensino público do município, nove não retomam às aulas presenciais por falta de estrutura

O primeiro dia de aula do ano letivo na rede pública de Mossoró, nesta segunda-feira, 7, está sendo marcado por protestos de pais e alunos da Escola Municipal Maurício Fernandes da Silva, antiga escola evangélica Leôncio José de Santana. E que os alunos não tiveram direito ao retorno das aulas presenciais porque a escola não foi preparada para recebê-los.

A escola deveria funcionar em um prédio localizado na Avenida Leste-Oeste, onde funcionou a Convesti, que foi arrendado pelo município desde setembro de 2021, mas até agora a estrutura não está pronta para receber aulas.

Os pais de alunos e alunas criaram um grupo para denunciar o descaso com a Escola Maurício Fernandes da Silva. Fotos foram feitas no local e serão encaminhadas para o Ministério Público Estadual.

Os alunos estão sem aula presencial há dois anos, desde o início da pandemia, e agora no momento do retorno das atividades presenciais, a escola não foi estruturada pela Prefeitura.

Com cartazes e discursos dos pais, os alunos realizaram ato de protesto em frente ao prédio, chegando a interditar, por algum momento, o trânsito da Leste-Oeste.

Os pais afirmam que os diretores, professores e funcionários estão fazendo a parte deles, não têm culpa, e aponta o descaso para a gestão municipal. “Os profissionais pediram uma audiência com a secretária de Educação (Hubeônia Alencar) desde maio do ano passado, mas não conseguiram falar com ela”, afirmou a ex-vereadora Aline Couto, que tem uma filha matriculada na escola. “Está faltando diálogo e respeito com os alunos e pais de alunos”, criticou.

Aline, que falou em nome dos pais, disse que a Prefeitura alugou o prédio há sete meses, mas até agora não recebeu equipamentos necessários para as aulas presenciais. Ela lembrou que gestão municipal teve um ano par organizar a escola, mas não cumpriu o dever. “Nossos filhos não podem continuar com aulas remotas, não faz mais sentido. Queremos as aulas presenciais e vamos lutar por isso”, afirmou.

OUTRO LADO

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação informou que ocorreu um arrombamento no prédio da Escola Municipal Maurício Fernandes da Silva, por isso, o início das aulas presenciais não foi possível nesta segunda-feira. Segundo a pasta, “foram furtados computadores e outros equipamentos de informática, utensílios de cozinha, botijão de gás, instrumentos musicais e caixas de som, além da fiação elétrica – comprometendo totalmente o funcionamento e portanto o início das aulas presenciais. O muro da escola foi danificado e as salas foram reviradas.”

A Secretaria de Educação ainda informou: “Ciente dos arrombamentos, a direção da escola adotou as medidas cabíveis junto à Polícia Civil, realizando Boletim de Ocorrência (BO). O primeiro caso aconteceu dia 20 de fevereiro e o segundo dia 1º de março.”

Das 95 unidades de educação do município, entre escolas e UEIs, nove não retornaram com aulas presenciais. Segundo a Educação, essas unidades estão passando por obras de reforma, adequações e/ou ampliação.

FONTE: DE FATO.COM

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