A senadora Zenaide Maia (Pros – RN) rebateu a crítica que vem sendo feita por parlamentares governistas à CPI da Covid, de que a comissão estaria “antecipando sentença” contra o presidente da República e seu governo.
Para Zenaide, os depoimentos da médica Jurema Werneck, da Anistia Internacional, e do epidemiologista, Pedro Hallal, demonstraram que foi o governo que deu uma sentença – de morte – aos brasileiros: “Diante dos números apresentados na Comissão Parlamentar de Inquérito por Jurema Werneck e Pedro Hallal, que comprovam que a maioria das mortes por covid no Brasil poderiam ter sido evitadas, a impressão que fica é: foi o governo que sentenciou muitos à morte!”, disse a senadora em suas redes sociais, após sua participação na CPI, nesta quinta-feira (24).
De acordo com estudo feito pelo epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade de Pelotas (RS), quatro em cada cinco mortes por covid poderiam ter sido evitadas se o Brasil tivesse tomado medidas eficientes de combate à pandemia e não tivesse atrasado a compra de vacinas. Zenaide acrescentou que a demora na aprovação do auxílio emergencial, no ano passado, e o baixo valor do benefício, neste ano, colaboram para que os mais vulneráveis busquem o sustento na rua, aumentando a contaminação pelo vírus.
“O presidente, com a insistência nessa ‘imunidade de rebanho’, demorou a liberar o auxílio emergencial – ele podia ter feito uma Medida Provisória, mas esperou o Congresso aprovar e, depois, esperou o número de dias que ele tinha para sancionar – isso fez com que as pessoas, por desespero, saíssem para a rua, para não morrer de fome! E outra: atrasou a ajuda aos micros e pequenos empresários, que ajudaria as pessoas a não ficarem desempregadas!”, argumentou Zenaide.
Respondendo a questionamentos da senadora, Jurema Werneck confirmou o impacto negativo, nos números da pandemia, do atraso e do baixo valor do auxílio emergencial.