Vacina de Oxford é eficaz contra variante brasileira do coronavírus, diz Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na sexta-feira (19) que a vacina de Oxford/AstraZeneca protege contra a variante brasileira do novo coronavírus. A conclusão é de uma pesquisa ainda não revisada por outros cientistas nem publicada em revista, mas que está disponível na internet. O estudo, que contou com pesquisadores da Fiocruz Amazônia e do Instituto Oswaldo Cruz (Ioc), mostrou que a cepa identificada em Manaus (P.1) reage ao imunizante de maneira idêntica à cepa britânica (B.1.1.17). 

Os cientistas avaliaram a capacidade da variante do Amazonas de “escapar” de diferentes tipos de anticorpos. O resultado foi que a P.1 não comprometeu o efeito dos imunizantes, apesar de ser verificada uma pequena perda de neutralização do vírus na comparação com as cepas mais comuns. A Fiocruz credita essas informações à médica Sue Ann Costa Clemens, coordenadora dos centros de pesquisa da vacina de Oxford no país e diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena (Itália). 

De acordo com ela, os pesquisadores esperavam que a cepa brasileira se comportasse como a sul-africana, mas isso não ocorreu. “Testes indicaram que ela tem comportamento semelhante à britânica, em que há, sim, impacto na neutralização [do vírus]”, disse.. No mês passado, a Universidade de Oxford anunciou que a vacina de Oxford é eficaz contra a mutação britânica, evitando mais de 70% dos casos leves e 100% dos graves e hospitalizações. 

A efetividade caiu pouco em comparação às cepas mais comuns, de 80% para 75%, afirmou a pesquisadora. Sobre a variante do Brasil, no entanto, ainda não há esse número exato. “Temos que esperar os estudos de efetividade aqui, mas acreditamos que vá ser um índice parecido para a P.1. É um resultado muito positivo”, afirmou.  

FONTE: FOLHA DE SP/PORTAL GRANDE PONTO 

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