Semurb elabora inventário patrimonial histórico dos bairros da Ribeira e Cidade Alta

Quais são, onde, e como estão os mais importantes exemplares do patrimônio arquitetônico de Natal? Para tornar mais simples essa identificação, está sendo elaborado um inventário patrimonial histórico, projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) desde abril do ano passado. Foram inventariados imóveis da Cidade Alta e Ribeira, com adição de dados e informações sobre sua relevância. Até o momento foram elaboradas 26 fichas de inventário e 188 pranchas com desenhos arquitetônicos e registros fotográficos ao longo do tempo. O material já pode ser consultado na internet. 

Os bairros da Ribeira e Cidade Alta foram escolhidos prioritariamente por possuírem a maior concentração de edificações de valor patrimonial da capital, inclusive reconhecido a nível federal. Além de também terem mais edificações em situações de risco que necessitam do registro com maior brevidade. O trabalho foi iniciado na Ribeira pelas ruas Chile, Dr. Barata, Frei Miguelinho e Largo do Teatro Alberto Maranhão. E em fase posterior deverá ser expandido para outras ruas.

Após o levantamento preliminar, a equipe iniciou a coleta de dados que subsidiou o preenchimento da ficha do prédio vistoriado a partir da ferramenta ‘Street View’.  As informações são sobre o histórico da edificação, registro fotográfico, data de construção, nível e data de tombamento, entre outras necessárias para a caracterização do imóvel. “Para que se possa preservar o patrimônio, é essencial primeiro conhecê-lo e registrá-lo. O inventário tem esse papel de identificação dos bens de valor patrimonial”, ressaltou Thiago Mesquita, titular da Semurb. 

Os bairros da Ribeira, Cidade Alta e parte das Rocas já contam com a proteção da poligonal do IPHAN. Ou seja, a importância dessas áreas em relação ao patrimônio já foram reconhecidas.  Já os demais bairros não contam com nenhum tipo de proteção às edificações de valor patrimonial. E tratam-se de áreas em que vem sendo observadas, há bastante tempo, em questões de perda de exemplares, em especial da arquitetura modernista, nos bairros de Tirol e Petrópolis. 

“No processo de revisão do Plado Diretor de Natal, o inventário foi inserido como instrumento de identificação desses imóveis, e foi prevista a área prioritária para sua realização, que consiste nos bairros do Alecrim, Tirol, Petrópolis, Barro Vermelho, Redinha, Cidade Alta, Ribeira, Rocas e Santos Reis”,  acrescenta a arquiteta da Semurb, Dinara Regina, que faz parte da equipe que conduz os trabalhos. 

A respeito dos bairros categorizados como prioritários trata-se da proposta apresentada pelos grupos de trabalhos do tema de patrimônio, que foram discutidos ainda durante os envios das propostas do PDN. “Chegou-se a esses bairros durante as discussões com a participação de representantes da UFRN, Iphan, Semurb e público em geral. Então foram propostos esses bairros para facilitar a identificação de edificações que deveriam estar sob alguma proteção e não estão”, contou a arquiteta.

Colaborações 

A população também pode contribuir com informações para a produção do Inventário do Patrimônio Arquitetônico Natalense com fotos, plantas, levantamento arquitetônico entre outros. É possível enviar informações relativas não somente a imóveis tombados, como também de edificações que possuem alguma relevância patrimonial para Natal, e que não se encontram salvaguardadas por nenhum instrumento de proteção. Para isto, basta acessar o link https://bit.ly/colaboreIPAT e preencher o formulário on-line e enviar as informações de que dispõe. 

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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