RN volta a registrar mortes por covid-19 após 39 dias

O Rio Grande do Norte voltou a registrar mortes por covid-19 nesta segunda-feira (23). De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), os óbitos foram contabilizados nas últimas 24h em Angicos e Mossoró. O cenário de vítimas fatais pela infecção não era registrado desde o dia 14 de abril, quando, na ocasião, foi contabilizada a morte de uma pessoa em Macaíba, na Grande Natal.

Os dados epidemiológicos da covid-19 seguem sendo divulgados diariamente pela pasta. Além das duas mortes, foram notificados 10 casos nas últimas 24h. Com isso, o Rio Grande do Norte chegou ao total de 504.587 confirmações da infecção e 8.199 óbitos confirmados.Segundo o Governo do Estado, apesar do RN voltar a registrar óbitos pela infecção, a queda nos números epidemiológicos ocorrem devido ao avanço da vacinação em todas as faixas etárias. “Com o avanço da vacinação conseguimos uma melhora gradativa, tanto na transmissão como nos casos de internação, sendo a maioria dos internados ainda sem seu esquema vacinal completo. Reforçamos a importância da vacina em todos os públicos para continuarmos num cenário confortável e esperançoso”, afirma o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.

Especialistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE são unânimes: a vacinação é fator primordial neste cenário. O infectologista André Prudente, diretor do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, afirma, no entanto, que outras razões podem ter contribuído para a ausência de mortes. “Com o desenrolar da pandemia, as pessoas ficaram menos suscetíveis à doença, porque, muita gente adoece e adquire imunidade por certo tempo. Com isso, o número de casos confirmados de covid reduz, o que diminui, consequentemente, os óbitos.”, explica.

“Também podemos atribuir o quadro atual ao fato de não existir mais fila para regulação. Sabemos que a falta de leitos adequados para o tratamento da doença pode contribuir com estágios que levam à morte. Pode-se associar, ainda, à experiência das equipes de saúde, que aprenderam ao longo da pandemia e têm conseguido salvar mais vidas do que no início da crise sanitária”, afirma André Prudente.

O infectologista ressalta, contudo, que o papel da vacina é preponderante para o cenário atual. Ele chama a atenção para a população não vacinada, que é a parcela que mais evolui para casos graves da doença hoje em dia. Segundo Prudente, todos os três pacientes intubados no Giselda Trigueiro na manhã da quinta-feira não estavam imunizados contra a covid-19. 

TRIBUNA DO NORTE

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