A rinite alérgica é uma condição respiratória comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive as crianças, e pode se tornar especialmente incômoda durante o verão amazônico. O médico Maurício Cavalcante, pediatra da Hapvida NotreDame Intermédica, alerta para o aumento dos sintomas e desconfortos associados à rinite alérgica durante esta estação, causando preocupação entre os pacientes e profissionais da área médica.
A reação inflamatória atinge o revestimento interno do nariz, causada por alérgenos como pólen, ácaros, mofo e pêlos de animais. Os sintomas característicos da doença incluem espirros frequentes, coceira no nariz, olhos lacrimejantes, congestão nasal e coriza. Embora a rinite alérgica seja uma condição durante todo o ano para muitos, nos meses de verão, tendem a se agravar.
Com o aumento das temperaturas, muitas plantas liberam quantidades significativas de pólen no ar, levando a uma maior incidência de espirros, coceira e congestão nasal em indivíduos suscetíveis devido ao aumento de exposição.
Maurício Cavalcante destaca que a qualidade do ar durante o verão pode influenciar diretamente na gravidade dos sintomas da rinite alérgica, bem como a poluição do ar e a presença de partículas finas que podem irritar ainda mais o sistema respiratório, exacerbando os sintomas já incômodos da doença. Outro agravante é o uso do ar-condicionado por mais tempo.
“O pólen é um potente irritante para a mucosa nasal dos alérgicos. O processo inflamatório libera grande quantidade de histamina dos mastócitos, produzindo prurido intenso, edema, vermelhidão, coriza, e congestão nasal”, afirma o médico.
É fundamental que os pais de crianças que sofrem de rinite alérgica adotem medidas preventivas e de gerenciamento para minimizar o desconforto durante os meses de verão. Consultar um médico especialista para um diagnóstico preciso, seguir um plano de tratamento personalizado, evitar a exposição excessiva a alérgenos ao ar livre e manter os ambientes internos limpos e livres de alérgenos são estratégias essenciais para lidar com o agravamento dos sintomas.