O real foi a 15ª moeda que mais ganhou valor em relação ao dólar em 2021, segundo levantamento da Austin Rating. Subiu 3,5% no ano em comparação com o câmbio norte-americano.
A moeda brasileira reverteu parte do cenário de desvalorização que estava sendo registrado desde o início da pandemia de covid-19. Em 2020, o real foi o 6º que mais perdeu valor. Já neste ano, chegou a ser a 4ª pior divisa.
A maior valorização foi da rúpia de Seychelles, que cresceu 43,50%. Os piores desempenhos foram do Sudão (-87,3%), Líbia (-70,1%) e Venezuela (-65%).
A trajetória do real se descolou das moedas emergentes desde o início da pandemia, em março. Caiu 10,5% desde março de 2020, enquanto as divisas dessas nações subiram 1,6%. Apesar disso, a distância diminuiu em 2021: o real subiu 3,5% neste ano, enquanto as moedas emergentes caíram 1%.
Para fazer a comparação, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, utilizou dados de 16 países emergentes que representam 76,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do grupo de países. Ao todo, são 151 países classificados nestas condições, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Eis a lista de países:
- China;
- Índia;
- Rússia;
- Indonésia;
- México
- Arábia Saudita;
- Polônia;
- Tailândia;
- Filipinas;
- Malásia;
- Bangladesh;
- África do Sul;
- Colômbia;
- Romênia;
- Chile;
- Peru.
O dólar fechou aos R$ 5,06 nessa 4ª feira (16.jun.2021), com alta de 0,34%. Chegou a ficar abaixo de R$ 5 na manhã de ontem.
Quando o Plano Real foi lançado, em junho de 1994, o dólar era cotado a R$ 1. Quando se faz um cálculo considerando as taxas de inflação dos EUA e Brasil nesse período, aquele R$ 1 de 1994 seria R$ 3,69 a preços de hoje. Nesse gráfico a seguir, que considera a os índices de preços dos 2 países, o pico foi em setembro de 2002, durante as eleições que levariam Lula à Presidência: R$ 7,86.
FONTE: PODER360