Professores contrariam decisão judicial, mantêm greve e fazem protesto em frente à Prefeitura de Natal

Categoria montou acampamento em frente ao Palácio Felipe Camarão, nesta segunda-feira (27).

Professores em greve montaram um acampamento e iniciaram um protesto na manhã desta segunda-feira (27) em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal, no centro da capital.

A categoria decidiu manter a greve, mesmo com uma decisão liminar da Justiça que determinou o retorno imediato dos profissionais ao trabalho. Segundo representantes do sindicato dos professores, a categoria decidiu recorrer da decisão.

“Decidimos manter a greve e iremos recorrer. Ela não decreta a greve ilegal, mas determina que os professores retornem ao trabalho. Estabeleceram multa caso desobedecesse, mas o sindicato está disposto inclusive a pagar a multa e a greve permanece até que o prefeito aceite voltar às negociações”, afirmou Thelma Farias, diretora de comunicação do Sinte.

Os professores começaram a greve no dia 10 de dezembro cobrando reajuste salarial de 12,84% em relação ao piso salarial de 2020, redução do número de alunos por sala de aula e reformas nas unidades de ensino. Eles alegam que estão sem aumento de salários há dois anos.

A Prefeitura de Natal informou à Inter TV Cabugi que vai realizar uma reunião com representantes da categoria nesta terça-feira (28).

Em outras reuniões, a Secretaria Municipal de Educação (SME) ofereceu aos servidores um reajuste de 6,42% a ser pago de forma imediata, além do retroativo, para os ativos e inativos. A proposta foi recusada pela categoria.

O novo protesto acontece uma semana após um ato, também na prefeitura, acabar em confusão. Na última segunda-feira (20), a Guarda Municipal chegou a usar spray de pimenta para dispersar manifestantes.

Os grevistas afirmaram que os guardas tentaram impedir uma comissão de entrar no prédio. Já a guarda alegou que houve uma tentativa de invasão e que o spray foi usado para liberar a saída de quem estava dentro do prédio.

Liminar desobedecida

A pedido da Prefeitura de Natal, a Justiça determinou na última quarta-feira (22) que os servidores retomassem integralmente ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por descumprimento, limitada a R$ 50 mil.

A decisão do desembargador Amaury Moura Sobrinho destacou que, apesar da garantia do direito à greve, “o momento atual, com todas as limitações já impostas aos estudantes, advindas das paralisações das aulas decorrentes da pandemia da Covid-19, a manutenção do movimento grevista ocasionará o não encerramento regular do semestre letivo previsto para 26 de janeiro próximo, gerando dano irreparável à educação”.

FONTE: G1/RN

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