São Paulo (AE) – Os preços médios do etanol hidratado caíram em 24 estados e no Distrito Federal na semana passada e subiram em apenas outros dois (Rio Grande do Sul e Roraima), de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol recuou 2,04% na semana de 17 a 23 de julho, ante a anterior, de R$ 4,410 para R$ 4,320 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 1,70%, de R$ 4,120 para R$ 4,050 o litro. Sergipe foi a unidade da Federação com maior recuo porcentual de preços na semana, de 6,55%, de R$ 5,500 para R$ 5,140 o litro. No Rio Grande do Norte, o preço médio encontrado foi de R$ 5,78, com queda de 3,03% na semana passada ante a anterior. Em quatro semanas, a variação negativa foi de 9,13%.
O preço médio no Estado foi o terceiro maior do país, abaixo apenas dos valores do Amapá (R$ 6,00) e Rio Grande do Sul (R$ 5,82). Em Natal, o preço médio verificado pela ANP foi de R$ 5,68, com redução de 2,91% ante a semana anterior. Em quatro semanas, o produto caiu 11,94%.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,530 o litro, em Mato Grosso. Já o preço máximo na semana foi registrado no Rio Grande do Sul, a R$ 7,890 o litro. O menor preço médio estadual foi observado em Mato Grosso, de R$ 3,87 o litro, enquanto o maior preço médio estadual foi verificado no Amapá, de R$ 6,00.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 12,02%. O Estado com maior baixa porcentual no período foi Rio de Janeiro, com 19,11% de desvalorização mensal do etanol.
Competitividade
O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em apenas um Estado na semana passada: Mato Grosso. É o que mostra levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, a paridade é de 65,59%. Em São Paulo, a paridade atingiu 70,07% na semana passada, deixando o etanol menos competitivo do que a gasolina.
Na média dos postos pesquisados no Brasil, o etanol está com paridade de 73,34% ante a gasolina, portanto menos favorável do que o derivado do petróleo.
Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
Outros combustíveis
O preço médio para a gasolina comum encontrado no RN foi de R$ 6,35, com queda de 3,79% na semana passada ante a anterior. Em quatro semanas, a variação negativa foi de 19,59%. O Estado ficou com o maior preço médio do país, seguido por Roraima (R$ 6,25, Piauí e Bahia (R$ 6,21) e Pernambuco (R$ 6,20). Em Natal, o preço médio verificado pela ANP foi de R$ 6,37, com redução de 2,90% ante a semana anterior. Em quatro semanas, o produto caiu 20,08%.
No País, o preço da gasolina caiu 2,9%, puxada pela redução do ICMS, com o preço médio em R$ 5,89 por litro. No acumulado do mês, alta é de 17,4%. A gasolina está, na média, 1% acima do preço do mercado internacional.
No caso do óleo diesel S10, o preço médio encontrado no RN foi de R$ 7,85, com leve queda de 0,13% na semana passada ante a anterior. Em quatro semanas, a variação negativa foi de 2,77%. O Estado ficou com o terceiro maior preço médio do País, abaixo apenas do Acre (R$ 8,12) e Roraima (R$ 7,92). Em Natal, o preço médio verificado pela ANP foi de R$ 7,85, com redução de 0,63% ante a semana anterior. No Brasil, o produto teve ligeira queda de 0,4% na semana passada, com preço médio, por litro, de R$ 7,55.
TRIBUNA DO NORTE