Policiais civis da Delegacia Municipal (DM) de Macaíba, deflagraram, nessa quarta-feira (27), a 11ª fase da Operação “Espectros”/“Longe de casa”. Esta etapa operacional resultou no cumprimento de um mandado de prisão em desfavor de Mateus de Almeida Lessa, 26 anos. Ele foi detido por volta das 19h, no bairro Neópolis, na zona sul da capital potiguar. O mandado foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnamirim, pela suspeita da prática do crime de tráfico de drogas.
Mateus de Almeida ainda tentou fugir do cerco policial, mas foi capturado. Ele foi conduzido até a delegacia e encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Ele já foi preso transportando 40 comprimidos de ecstasy, que seriam destinados ao comércio ilegal, no dia 30 de dezembro de 2016, na BR-101. Na época, Mateus de Almeida tentou a revogação da prisão, alegando que estaria se tratando contra as drogas em uma clínica na cidade de Macaíba, mas foi preso novamente por tráfico de drogas e associação para o tráfico, no dia 26 de fevereiro de 2017, no município de Caicó, após ser flagrado com 107 compridos de ecstasy e uma pistola calibre .380.
Durante as investigações para a captura do suspeito, a equipe da DM de Macaíba apurou que o padrão de vida dele, sempre frequentando festas badaladas em praias famosas do estado, viajando para outras unidades da federação a lazer e possuindo objetos pessoais de alto valor, não condiz com o status de desempregado e sem qualquer indicação de atividade lícita para o financiamento.
“Espectros”
Segundo o delegado titular da Delegacia Municipal (DM) de Macaíba, Cidorgeton Pinheiro, a equipe observou um expressivo número de mandados de prisões pendentes contra suspeitos e condenados. Ainda segundo ele, essa pendência do cumprimento dessas ordens judiciais para execução das penas impostas geram um sentimento de impunidade na sociedade e de intangibilidade nos autores dos crimes.
Neste pórtico, iniciado no ano de 2019, o nome da operação (Espectros) faz alusão ao modo de vida adotado pelos condenados e suspeitos foragidos que, cientes das ordens de prisão, fugiram do território onde cometeram seus crimes e passaram a agir como “fantasmas” na sociedade, objetivando não chamarem a atenção da polícia ou de pessoas que pudessem reconhecê-los, outros até mesmo buscando estados mais distantes da federação para, desconhecidos, iniciarem um novo modo de vida.