Pazuello diz que não ignorou Pfizer, mas cláusulas eram “assustadoras”

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, na manhã desta quarta-feira 19, o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A sessão teve início pouco depois das 9h.  

Questionado sobre as tentativas da Pfizer em fazer negócio com o Brasil para a compre de vacinas contra a Covid-19, Pazuello afirmou que o governo brasileiro respondeu “ininterruptamente” aos contatos da farmacêutica inúmeras vezes e que assinou o contrato, apesar da negativa dos órgãos de controle. Segundo ele, foram dadas mais de 20 respostas em meio às negociações.  

“É preciso compreender que a prospecção da Pfizer começou em abril, maio. Estamos falando de uma vacina completamente diferente e de uma empresa que não topava discussão da tecnologia consco. Era porteira fechada. Essas discussões caminharam até junho. Quando tivemos o primeiro memorando de entendimento, dava essa quantidade que o senhor [Renan Calheiros] diz aí, sem data. Totalizando 70 milhões até o fim do ano. Esse contrato chegou com cinco cláusulas assustadoras à época”, disse.  

Antes de responder às perguntas do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), Pazuello lembrou a gestão que fez na Saúde e afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) limitou as ações do governo federal.  

“Decisão do STF em abril de 2020 limitou ainda mais a atuação do governo federal nessas ações. Assim, não há possiblidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações de estado da Saúde sem usurpar as competências dos estados e municípios. Isso só seria possível em caso de uma intervenção federal da saúde no estado”, disse.  

Pazuello se referiu à decisão do plenário da Corte que, por unanimidade, confirmou autonomia aos estados, municípios e ao Distrito Federal, mesmo com as medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), para conter o novo coronavírus. 

FONTE: METRÓPOLES/AGORA RN 

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