Após a informação de que o papa Francisco foi internado, neste domingo (4/7), para uma cirurgia no intestino grosso, com a intenção de tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon, muitas dúvidas surgiram sobre a doença. O Vaticano não deu detalhes sobre o procedimento a ser realizado.
A doença é a formação de várias “bolsinhas” no intestino grosso, que podem sofrer inflamações, chamadas de diverticulite. “Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose”, explicou Suzete Notaroberto, médica pela PUC-Campinas, ao portal Uol.
De acordo com a especialista, muitas vezes o paciente convive com a estenose, mas há casos em que é preciso operar porque o estreitamento dificulta muito a passagem das fezes e a pessoa corre o risco de obstrução intestinal. “No caso do papa, provavelmente eles vão tirar um pedaço do intestino que está estreitado”, disse a médica.
Os sintomas da estenose vão desde dificuldade na evacuação, porque o intestino está estreito e as fezes não conseguem passar, até um quadro mais grave como a obstrução intestinal.