O material foi coletado do animal que morreu com sintomas característicos da doença ainda no mês de novembro.
Mossoró confirmou nesta quarta-feira (22) mais um caso de raiva animal em um bovino. Com esse, já são dois casos confirmados da doença este ano.
De acordo com o médico-veterinário e coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município, Genicleyton de Góis, o material do bovino foi encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Lacen-RN) ainda no mês de novembro e o resultado foi confirmado nesta quarta (22).
No dia 4 de dezembro o CCZ confirmou um caso positivo de raiva em um equino no município e outros 11 casos estavam sob investigação.
Nesta terça-feira (21), mais um equino morreu em Mossoró com sintomas característicos de raiva. O material para análise foi coletado e enviado ao laboratório.
Todos os casos positivos e suspeitos da doença foram detectados no assentamento Recanto da Esperança, na zona rural de Mossoró.
De acordo com os criadores, a morte dos animais aconteceu de 4 a 5 dias após apresentarem os primeiros sintomas.
O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) foi informado sobre os novos caso.
Conscientização
Equipes do CCZ, da Secretaria Municipal de Agricultura e de Saúde de Mossoró, além de veterinários da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) estão realizando desde o início do mês uma série de visitas na comunidade onde os casos foram confirmados. ” Essas ações serão continuas até estabilizar tudo”, explicou o coordenador do CCZ.
O objetivo das visitas é realizar palestras com orientações para os criadores, principalmente sobre a importância de vacinar o rebanho. “A grande maioria não vacina (os animais). Há sempre um trabalho de sensibilização no combate a raiva através dos criadores de animais de produção. Certamente, se esses animais estivessem vacinados, não teríamos um número tão elevado de casos”, destacou o médico-veterinário Genicleyton de Góis.
Uma dose da vacina contra a raiva em lojas de produtos veterinários custa menos de R$ 3. De acordo com o diretor de defesa e inspeção sanitária animal do Idiarn, Renato Dias, a vacinação contra a raiva em animais de produção não é um programa de vacinação compulsória, a exemplo do que acontece com a febre aftosa. A responsabilidade pela vacinação é dos criadores.
Raiva em humanos
A raiva é uma doença extremamente grave em animais e em humanos. A orientação do CCZ é que em caso exposição ao vírus ou a um animal suspeito, a pessoa procure um pronto socorro para que seja seguido o protocolo para esses casos.
Os sintomas da doença em humanos pode se confundir com os de outras doenças, como febre, moleza no corpo e indisposição, até progredir ao estágio mais avançado da encefalomielite e levar a morte.
FONTE: G1/RN