A governadora Fátima Bezerra recebeu em audiência, nessa quinta-feira (15), a Frente Parlamentar de Apoio às Cooperativas e dirigentes do setor para tratar do projeto de lei que institui a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo no Rio Grande do Norte. As cooperativas são responsáveis por 6% do Produto Interno Bruto do Estado e reúnem mais de 300 mil pessoas em vários segmentos da economia potiguar, notadamente nas áreas de saúde, crédito, habitação e transportes.
“Desde sempre, tenho uma ideia muito clara que o cooperativismo, nos seus mais diversos ramos, busca aquilo que todos desejamos, que é o desenvolvimento sustentável, solidário. Contem com nosso governo porque somos aliados do cooperativismo”, disse a governadora Fátima Bezerra, que estava acompanhada do vice-governador Antenor Roberto. Tendo em vista a proximidade do recesso parlamentar de meio de ano e diante da necessidade de fusão de duas propostas elaboradas pelos deputados Francisco do PT e George Soares, a governadora sugeriu a construção de um novo projeto para ser encaminhado à Assembleia Legislativa no segundo semestre deste ano.
“As cooperativas são parceiras do desenvolvimento e, com certeza, o Governo do Estado será parte desse processo, juntamente com a Assembleia e a OCB [Organização das Cooperativas do Brasil]”, ressaltou o deputado George Soares, que é presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Cooperativas no Rio Grande do Norte, ao apresentar a pauta da reunião.
“Sei da sensibilidade do governo em relação a esta matéria. E é por isso que estamos aqui, juntamente com representantes do cooperativismo, na defesa de ações que possam beneficiar esse importante segmento da economia do Rio Grande do Norte”, enfatizou o deputado Francisco do PT, que conheceu o cooperativismo na adolescência e, durante mais de cinco anos, foi professor da Escola Cooperativa de Parelhas, a COOEPAR.
O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (OCERN), Roberto Coelho, lembrou que o cooperativismo foi o setor que menos sofreu na pandemia. Segundo ele, a crise global provocada pelo coronavírus fechou milhares de empresas no Brasil, mas nenhuma cooperativa. “O que estamos trazendo aqui, é um projeto amplo, importante para o Estado”, reforçou o diretor da OCERN, Manoel Santa Rosa. De acordo com dados da OCERN, 172 cooperativas operam no Rio Grande do Norte. Diariamente, pelo menos 2 milhões de potiguares consomem algum produto ou usufruem dos serviços oriundos do cooperativismo.
Os dirigentes sugeriram ainda alteração na lei dos consórcios interfederativos de saúde, para permitir a participação de instituições sociais, filantrópicas e cooperativas. Outra pauta da audiência foi o projeto de lei que autoriza a Junta Comercial (Jucern) a celebrar convênio com a OCERN objetivando a criação do Escritório do Cooperativismo do Rio Grande do Norte. A iniciativa, que tem o apoio do Governo do Estado, é pioneira no Brasil.
A audiência foi realizada no início da noite no Auditório da Governadoria, com a participação dos secretários Jaime Calado (Sedec) e Cipriano Maia (Saúde), o presidente da Jucern, Carlos Augusto Maia. Por parte da OCERN, estavam presentes também os diretores Manoel Santa Rosa, Arlindo Araújo, Frederick Góes e Roniere Lima, e o superintendente Eduardo Cabral.