Entidades policiais marcam protestos contra PEC Emergencial e Bolsonaro

A União dos Policiais do Brasil (UPB) e outras entidades representativas dos servidores da segurança pública de todo o país estão organizando uma manifestação na próxima semana contra o governo de Jair Bolsonaro. As principais insatisfações da entidade estão relacionadas a pontos propostos pelo governo na PEC Emergencial, aprovada na sexta-feira (12) pela Câmara Federal.  

“A fim de deixar claro o descontentamento pelo tratamento injusto com o qual os profissionais de segurança pública civil, que mantiveram suas atividades durante toda a pandemia, vêm sendo tratados pelo governo federal, a UPB manterá sua mobilização”, detalhou a entidade, em nota oficial. A previsão é de que o protesto ocorra no próximo dia 18.  

A categoria também reiterou que não é contra o auxílio emergencial, mas que o servidor público não deveria ser prejudicado por causa disso. O texto aprovado prevê proibições de reajustes a servidores civis e militares e de concursos. As regras podem perdurar por até 15 anos. A PEC Emergencial foi sugerida em novembro de 2019 pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, com o objetivo de limitar os gastos públicos em momentos de crises, e voltou a ser discutida agora, em 2021, para que seja aprovado o novo auxílio emergencial em decorrência da pandemia de Covid-19.  

Como medidas para contenção de gastos, o texto da PEC determina que não haja mais promoção, progressão de carreira ou aumento de salário dos servidores públicos, incluindo os trabalhadores das forças policiais. “Consideramos que, colocar essa PEC para votação agora, com a desculpa do auxílio emergencial, é um oportunismo, porque obriga os parlamentares a aprovar uma PEC onde o servidor público vai pagar a conta de uma pandemia, dos problemas sociais, da economia”, argumenta a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol), Edilza Faustino.  

Outra reivindicação da categoria é ausência dos policiais nas categorias de vacinação contra Covid-19, como explica Dalton Luis dos Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do RN (Sinprf). “Nós estamos expostos, na rua, armados, dando as nossas vidas para defender a sociedade, nós entendemos que deveríamos ter uma previdência social diferenciada dos demais, e não tivemos”, relata.  

Sobre a vacinação dos policiais, os sindicatos demonstraram insatisfação com a não prioridade dos policiais, já que para haver lockdown ou qualquer medida restritiva, é necessário que haja policiais trabalhando nas ruas. “O policial sequer foi incluído na prioridade de vacinação, mesmo trabalhando na linha de frente, o governo colocou no cronograma de vacinação os presos antes dos policiais. Não que eu diga que os presos não devem ser vacinados, devem sim, mas os policiais deveriam estar também no grupo prioritário, e nem isso nós tivemos direito”, encerra. 

FONTE: AGORA RN 

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