O Departamento de Comunicação (Decom/UFRN) promove a partir desta terça-feira (4) o seminário Condições do audiovisual nordestino: Materialidade produtiva e matéria poética. O seminário é aberto ao público, além desta terça-feira, conta com encontros nos dias 18, 24, 25 e 31 de outubro, no canal do Decom no Youtube. O evento é organizado pelo Gemini, grupo de estudos de mídias – análises e pesquisas em cultura, processos e produtos midiáticos -, da UFRN e coordenado pelo Professor Sebastião Albano.
A intenção dos organizadores é discutir de forma didática assuntos como as condições materiais de produção audiovisual no Nordeste, a logística e políticas públicas para a promoção do setor na região e as transformações tecnológicas que favorecem a produção, distribuição e exibição das produções nordestinas.
Importantes realizadores audiovisuais, críticos e pesquisadores da área se reuniram para refletir sobre os temas que vão da prática da pré e da pós-produção, a instâncias figurativas e estéticas do audiovisual. Irão participar do seminário o documentarista Vladimir Carvalho, a escritora Maria do Rosário Caetano, a diretora e produtora Wigna Ribeiro, e os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marcelo Ikeda e Beatriz Furtado.
De acordo com Sebastião Albano, professor do Decom, o seminário será um espaço acolhedor para profissionais e estudantes da área se sentirem motivados a produzir no cenário local. “Haverá um diálogo sobre as possibilidades do audiovisual nordestino e com ele está inserido no Brasil hoje em dia. A própria questão desses profissionais e artistas compartilharem pensamentos semelhantes sobre a produção e exibição de produtos criados aqui, faz com que iniciativas como essa reproduzam uma empatia entre todos eles”, explica Sebastião.
Em relação às produções nordestinas, o professor fala sobre suas expectativas em relação à nova geração de profissionais que está se consolidando na região e a criação de políticas públicas voltadas para a cultura. “Está sendo feito um cinema que aborda temas um pouco mais enraizados, temas que dizem respeito a sonhos, a emoções, e as minorias. Um novo cinema está sendo feito. Além disso, incentivos culturais para profissionais técnicos e artistas estão sendo cada vez mais frequentes em muitos Estados do Nordeste”, finaliza.
TRIBUNA DO NORTE