A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte discutiu, na tarde desta quinta-feira (7), sobre contratos relacionados à área de publicidade durante parte do período da pandemia no estado. A secretária estadual de Comunicação, Guia Dantas, e o médico infectologista Alexandre Motta foram ouvidos na condição de testemunhas.
Primeira ouvida na sessão, a secretária Guia Dantas foi questionada sobre os contratos para a área, expondo valores e explicando os momentos em que os acordos foram fechados. Um dos principais temas foi com relação à participação do médico Alexandre Motta em vídeos com vistas à prevenção à covid. O presidente da CPI, deputado Kelps Lima (Solidariedade), fez questionamentos acerca da possibilidade de que o princípio da impessoalidade tenha sido desrespeitado no momento em que Motta, que é filiado ao PT e foi candidato ao Senado Federal, tenha participado de vídeos pagos pelo Poder Público para buscar conter a pandemia.
“São dúvidas que precisamos tirar e esse é o motivo pelo qual estamos ouvindo ambos nesta tarde”, explicou Kelps Lima.
Em seu depoimento, Alexandre Motta disse que ele foi convidado para participar dos vídeos pelo proprietário de uma das agências de publicidade que fazem campanhas para o Governo do Estado. Segundo ele, não houve cobrança de cachê e sua intenção foi somente de colaborar para evitar a “ação de negacionistas da doença”.
Além de perguntas do presidente da CPI, Alexandre Motta e Guia Dantas também responderam questionamentos do relator, deputado Francisco do PT, do deputado George Soares (PL), e do deputado Coronel Azevedo (PSC), que esteve na reunião da CPI, assim como a deputada Isolda Dantas (PT), que não é titular da comissão.
Ainda na reunião, os deputados aprovaram a autorização para que a CPI faça a contração de profissional para colaborar com a elaboração do relatório do deputado Francisco do PT.