Começou no dia 1º de maio a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2021. Nesta fase, que ocorrerá na maior parte dos estados brasileiros, terão prioridade bovinos e bubalinos de todas as idades. A expectativa é vacinar, nesta etapa, 170 milhões de animais, ou seja, cerca de 20% de todo o rebanho nacional.
“Essa vacinação é muito importante para o país manter seu reconhecimento internacional das zonas livres de febre aftosa com vacinação. Dessa forma, contamos mais uma vez com o empenho e o trabalho de todos os produtores rurais envolvidos nessa etapa”, afirmou o diretor do Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.
O Ministério da Agricultura reconheceu, em 2020, seis locais como livres de aftosa sem vacinação: Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, regiões do sul do Amazonas e do noroeste do Mato Grosso. De acordo com a pasta, o reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para alcançar o reconhecimento internacional junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Santa Catarina é o único estado brasileiro a ser considerado, internacionalmente, zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Sobre a vacinação
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal, as vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas refrigeradas entre 2°C e 8°C.
“É sempre importante reforçar que a vacina deve ser mantida refrigerada, desde a aquisição da revenda até a propriedade rural e durante toda a atividade de vacinação dos animais. A dose é de 2 ml por animal, que deve ser aplicada na tábua do pescoço, sempre utilizando agulhas novas”, explicou.
Geraldo Marcos de Moraes também observou a importância de os produtores rurais ficarem atentos, neste momento de crise por conta da Covid-19, ao calendário de vacinação, que pode ser alterado a qualquer momento.
“O Ministério da Agricultura poderá, mediante avaliação e solicitação de cada estado, alterar o calendário de vacinação de forma a buscar a melhor cobertura vacinal com segurança a todos os envolvidos”, explicou.
Declaração de vacinação
Após vacinar o rebanho, o produtor rural deverá fazer a declaração de vacinação. Essa declaração poderá ser, prioritariamente, de forma on-line ou presencial nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.
Febre aftosa
A Febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida pelo aparecimento de vesículas (aftas) principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. A doença é causada por um vírus, do qual existem sete tipos.
A doença é transmitida pelo fluido das vesículas e também pode ocorrer pela saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. A contaminação de qualquer objeto com qualquer dessas fontes de infecção é uma fonte perigosa de transmissão de um rebanho a outro. No pico da doença, o vírus está presente no sangue.
Os animais adquirem o vírus por contato direto com outros animais infectados e com alimentos e objetos contaminados. A doença é transmitida mecanicamente pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros que tenham sido contaminados pelo vírus. Caminhões, carretas, recintos de leilões, feiras e currais de embarque nos quais tenham circulado animais infectados são perigosas fontes de contaminação, caso não sejam devidamente desinfetados.
Segundo o Ministério da Agricultura, a transmissão da febre aftosa para seres humanos é raríssima. Só existe um registro na Grã-Bretanha em 1966. Os efeitos gerais da doença na pessoa são muito similares à gripe com algumas aftas.
Para mais informações, o produtor rural poderá procurar as superintendências federais da Agricultura em cada estado ou os serviços veterinários estaduais. Para mais detalhes, é só acessar a página do Ministério da Agricultura.