Butantan só tem mais 3,2 milhões de doses da CoronaVac prontas para entrega

Ao disponibilizar mais um milhão de doses da vacina CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização (PNI) nesta quarta-feira (7/4), o Instituto Butantan totalizou a entrega de 38,2 milhões de unidades do imunizante ao governo federal, que contratou, no total, 100 milhões. Para conseguir honrar com o compromisso, o Butantan depende da chegada de mais matéria-prima da China, que tem atrasado entregas a outros países parceiros. 

No momento, o instituto paulista só tem mais 3,2 milhões de doses prontas para entrega. “De fato, nós integralizamos 38,2 milhões de doses e já temos produzidas 41,4 milhões. Aguardamos a chegada de mais matéria-prima da China nos próximos dias para iniciar a fase final desse contrato de 46 milhões e já iniciar o contrato de 54 milhões”, explicou o diretor do Butantan, Dimas Covas. 

Segundo Covas, o próximo lote que o instituto receberá será de 6 mil litros do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que originarão 10 milhões de doses da CoronaVac. “É importante mencionar que essa chegada estava prevista para essa semana, mas houve um atraso e nós a aguardamos para próxima semana”, disse o diretor. 

Ao ser questionado sobre a motivação da demora, Covas informou que o atraso foi “burocrático”. “A produção do IFA já está pronta e estamos aguardando o desembaraço de documentação. Não temos nenhum outro motivo para pensar diferente disso”, respondeu. 

Adiantamento 

Apesar da preocupação em relação à interrupção do fornecimento da matéria-prima, Dimas Covas afastou a possibilidade de que o Brasil seja atingido. Pelo contrário, afirma que os esforços são para adiantar as entregas. 

“Estamos trabalhando a todo vapor para que esse cronograma seja mantido e até adiantado. O nosso pedido em relação à Sinovac e à China é de que haja um aumento do volume de matéria-prima para que nós possamos adiantar a produção, e aí, quem sabe, adiantar a entrega dos 100 milhões de doses”, afirmou. 

Inicialmente, a entrega total dos 100 milhões de doses contratadas pelo governo federal estava prevista para setembro, mas já havia sido adiantada para agosto pelo Butantan. Covas indica que, se houver a chegada de mais matéria-prima, o instituto pode adiantar para o final de julho. 

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE  

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