A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão cautelar dos estudos clínicos da vacina Covaxin no Brasil. A decisão foi tomada após a decisão da farmacêutica indiana Bharat Biotech de remover a Precisa Medicamentos como sua representante no Brasil.
“No comunicado a Bharat informa que a empresa Precisa não possui mais autorização para representar a Bharat no Brasil, o que na avaliação da Anvisa inviabiliza a realização do estudo. A Bharat é a fabricante da vacina Covaxin”, afirma a Anvisa, em nota.
A agência afirma que comunicou a Precisa e o Instituto Albert Einstein, que realizaria a pesquisa. Segundo a Anvisa, “a aplicação da vacina em voluntários brasileiros não chegou a acontecer.
Ministério vai romper contrato
O Ministério da Saúde vai rescindir o contrato com a Precisa Medicamentos em razão do descredenciamento da empresa feito pela farmacêutica Bharat Biotech na manhã dessa sexta-feira (23), segundo informações do analista de política da CNN Caio Junqueira.
A decisão foi tomada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e deverá ser oficializada neste domingo, quando está prevista uma reunião do ministro com o secretário-executivo Rodrigo Cruz. Com isso, será também cancelada a nota de empenho de R$ 1,6 bilhão que estavam reservados para o negócio.
O governo, porém, não pretende fazer negócio com a Bharat Biotech e, portanto, a vacina Covaxin não entrará no Plano Nacional de Imunização, ainda que a farmacêutica indiana encontre outro representante no Brasil.
A ideia é usar os recursos para comprar mais vacinas das que já estão sendo utilizadas no país: Coronavac, Janssen, AstraZeneca e Pfizer.
FONTE: CNN BRASIL