Zenaide Maia lamenta aprovação da venda da Eletrobras: “Dia de luto. Além de fome e morte por covid, a escuridão!”

A senadora Zenaide Maia (Pros/RN) lamentou a aprovação pelo Senado, nessa quarta (17), do projeto que permite a venda da Eletrobas ao capital privado, o PLV 7/2021, originado da Medida Provisória 1.031/2021. Para a parlamentar, que atuou fortemente contra a MP no Senado, consumidores comuns, indústria e comércio pagarão mais caro do que já pagam hoje, pela energia. “Não é verdade que essa Medida Provisória vai reduzir taxa de energia elétrica. O que vai acontecer com o povo brasileiro é, além de fome e morte por covid, escuridão!”, afirmou a senadora, na sessão que aprovou o projeto.  

Zenaide criticou, também, a rapidez com que o Congresso decidiu entregar à iniciativa privada, em plena pandemia, um patrimônio construído com o dinheiro do povo, durante quase seis décadas. Na opinião da senadora, os “jabutis” (matérias estranhas ao texto original) incluídos no texto do projeto provam que os interesses particulares de alguns estados prevaleceram sobre os nacionais: “É uma tristeza! O país devia estar de luto, hoje. Vender a Eletrobras a toque de caixa! Um discurso bonito, mas para ser aprovada, foi preciso aprovar quase vinte emendas, cada um defendendo o seu quadradinho”, protestou Zenaide. 

A parlamentar rechaçou o argumento de que a privatização resultará em melhores serviços à população e citou o caso do Amapá, estado cujo setor energético já foi privatizado e que sofreu, nesta semana, o quinto apagão em menos de um ano. “Na hora do apagão, quem socorreu não foi o setor privado, mas a Eletrobras pública!”, finalizou Zenaide. 

O projeto foi criticado por parlamentares de diferentes correntes políticas, inclusive os favoráveis às privatizações. O uso, pelo governo, de uma Medida Provisória ao invés de um projeto de lei obrigou o Congresso a analisar um tema complexo em pouco tempo e em plena pandemia. Não houve audiências públicas nas comissões temáticas do Senado. Em razão das modificações feitas pelos senadores, o projeto volta para a análise da Câmara dos Deputados. 

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