Rogério Marinho condena reajuste do salário mínimo e alerta para crise econômica

O senador Rogério Marinho (PL) fez duras críticas nesta segunda-feira (6) à política de valorização do salário mínimo promovida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante uma entrevista à CNN Brasil, o líder da oposição no Senado classificou a medida como “populista e irresponsável”, argumentando que essa abordagem “prejudica a economia”, já que os aumentos também elevam os gastos do governo com previdência e outros programas sociais vinculados ao mínimo.

“(A política) exerce forte pressão sobre as finanças públicas, especialmente na Previdência e no BPC (Benefício de Prestação Continuada). O governo age de forma equivocada, perdendo credibilidade e legitimidade para tratar o tema com seriedade”, declarou Marinho.

A política de valorização, retomada pelo governo Lula, estabelece que o salário mínimo seja reajustado anualmente acima da inflação. Essa medida não foi aplicada durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual Rogério foi ministro. Em 2023, no terceiro mandato de Lula, a política foi reativada, embora uma nova regra tenha limitado o aumento real a 2,5%, ainda assim superior à inflação.

Para Marinho, o aumento salarial só é justificável quando há “ganho de produtividade”. Ele argumenta que reajustes sem essa contrapartida acabam prejudicando a economia, gerando um efeito contrário ao desejado. “Ao invés de aumentar o poder de compra, isso provoca desequilíbrios econômicos. Esse é apenas um dos problemas”, afirmou.

O senador também destacou que o aumento excessivo dos gastos públicos compromete o desempenho da economia, neutralizando os benefícios dos reajustes salariais. “Isso sobrecarrega as contas públicas, eleva os custos com previdência e BPC, e acaba gerando uma deterioração econômica. Estamos perdendo a capacidade de fortalecer nossa moeda e atrair investimentos. É uma espiral negativa, marcada por populismo e irresponsabilidade”, concluiu.

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