Rio Grande do Norte: veja quem são os pré-candidatos ao governo e ao Senado

Única governadora mulher, Fátima Bezerra deve tentar a reeleição; ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL) é aposta do presidente Jair Bolsonaro para o Senado

A única mulher eleita entre os 27 governadores em 2018 pretende disputar a reeleição em outubro. Fátima Bezerra (PT) foi deputada estadual e federal e era senadora quando venceu o pleito para ser chefe do Executivo do Rio Grande do Norte.

Um levantamento realizado pela CNN apontou quem são os pré-candidatos para o governo estadual e para o Senado no Rio Grande do Norte nas eleições 2022. Vale destacar que os partidos podem mudar as indicações até 5 de agosto, quando acaba o prazo para a escolha de candidatos e candidatas.

Os pré-candidatos ao governo estadual

Formada em Pedagogia, Bezerra trabalhou na rede pública de ensino em Natal. Começou sua vida política como líder de movimentos e grupos organizados, até sua primeira eleição, em 1994. Desde então, a governadora de 66 anos emendou um cargo eletivo no outro, sem perder nenhuma disputa.

Em 2018, bateu o recorde com a maior votação entre os concorrentes na história do RN, vencendo o então governador Robinson Faria. Petista, conta com uma aliança ampla, com apoio do PSDB ao PCdoB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Mesmo sendo da base do governo, os tucanos tentam viabilizar uma candidatura para concorrer com a governadora. O nome mais cotado é do presidente da assembleia, Ezequiel Ferreira. Mesmo sem confirmar que será postulante, o deputado já negocia com o alto escalão potiguar em Brasília como seria a composição da chapa caso seu nome avance.

Ezequiel está há cinco mandatos como deputado estadual. De família tradicional da política, mantém boa relação com a governadora e recebe críticas por não se impor para tentar o cargo máximo estadual.

Se ele não lançar candidatura, sobra espaço para que o PSDB lance Tomba Farias, ex-prefeito de Santa Cruz e deputado estadual. Mas ele enfrenta a resistência dos ministros das Comunicações, Fabio Faria (PSD), e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), que preferem Ezequiel.

Álvaro Costa Dias, atual prefeito de Natal, é mais um nome do tucanato a ser levantado como concorrente. Quem apoia essa ideia é o ex-governador e ex-senador José Agripino.

O senador Styvenson Valentim (Podemos) é mais um aventado como possível concorrente. Recentemente, o presidenciável e colega de partido Sérgio Moro chegou a dizer que o senador é o “tipo de gente que devemos ver na política”. Valentim faz parte do movimento chamado “Muda Senado”, que reúne um grupo de parlamentares defensores de um formato diferente de fazer política, tanto no Legislativo quanto no Judiciário.

Policial militar de 45 anos, Valentim foi o senador mais votado em 2018 e recebeu críticas do governo federal por um projeto que dificultaria o acesso da população civil à posse de armas. Se entrar na disputa, garantirá palanque para o ex-juiz federal pré-candidato à presidência.

O ex-prefeito de Olho d’Água dos Borges, Brenno Queiroga, é pré-candidato pelo Solidariedade. Suas bandeiras são a geração de empregos e o estímulo ao crescimento econômico. Recentemente, ganhou projeção por falas contrárias ao passaporte vacinal. É um ferrenho crítico da gestão de Fátima Bezerra e busca unificar a base de descontentes. Em 2018, Queiroga chegou a disputar o governo, mas terminou em quarto lugar.

O Brasil 35 deve lançar Clorisa Linhares, uma servidora do Tribunal de Justiça estadual. Com a atuação como agente penitenciária, Clorisa também foi vereadora na cidade de Grossos. A pré-candidata vê nos recursos naturais a oportunidade de desenvolver o Rio Grande do Norte em larga escala. Deve ser a única outra mulher a disputar contra a atual gestora.

Os pré-candidatos ao Senado

Em 2022 se encerraria o mandato de Fátima Bezerra se ela ainda fosse senadora. Quando assumiu o governo, em 2019, assumiu o suplente Jean Paul Prates, também do PT, que deve disputar a reeleição e tentar cumprir um mandato completo.

Paul Prates foi o responsável pela implementação da energia eólica no estado quando foi secretário de Energia, em 2007. Sua gestão garantiu a autossuficiência energética e deu ao político, formado em economia e direito, visibilidade para se tornar uma figura pública de referência. Atual líder da minoria no Senado, atua em defesa da Petrobras.

Carlos Eduardo Alves (PDT), ex-prefeito de Natal e filho do também ex-prefeito Agnelo Alves, aparece nas sondagens como potencial candidato ao Senado. Ele renunciou à prefeitura da capital para disputar o governo, mas foi derrotado no segundo turno por Fátima Bezerra. Uma tentativa de eleição ao Senado colocaria os dois em lados opostos novamente.

Rogério Marinho (PL), ministro do Desenvolvimento Regional, é um dos nomes que deve ser exonerado do governo federal para disputar o pleito de outubro. Com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), deve fortalecer a base do presidente no Rio Grande do Norte, hoje dominado por políticos de outras linhas ideológicas.

Na briga interna pela vaga era entre Marinho e Fábio Faria (PSD), ministro das Comunicações, acordos foram firmados e o filho do ex-governador Robinson Faria decidiu que não concorrerá à vaga.

O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.

FONTE: CNN BRASIL

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