Para a surpresa de ninguém, o PT quer enterrar a reforma administrativa, defendida por Arthur Lira em entrevista a Crusoé como medida necessária para acabar com privilégios do funcionalismo público.
“Isso não é pauta do governo. Essa reforma, o que tava proposto, nem o [Jair] Bolsonaro queria enviar. É uma espécie de alma penada que perambula pela Câmara. Nós acabamos de votar o regime fiscal, para que reforma administrativa?”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE, na foto), segundo o relato de O Globo.
Guimarães também afirmou que o governo Lula não tratou do tema com o presidente da Câmara. “Ele [Lira] tem o direito de defender, e eu tenho o direito de ser contra. A reforma administrativa não é pauta prioritária para o governo nem para o país.”
Questionado se a gestão petista não previa outras medidas de redução de gastos, o deputado petista falou em “interesses da Faria Lima”.
“Já que o mercado está falando que tem que ter corte de gastos, vamos perguntar à população. Cortar gastos onde? No Bolsa Família, salário mínimo? Virou um discurso sem nexo com a realidade. Estamos muito bem, obrigado, sem penalizar os servidores do país. Vai levar em conta só os interesses da Faria Lima? Tem que levar em conta os interesses do país”, declarou.
Afinada com Guimarães, Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, usou a tema em mais um dos seus posts atacando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nas redes sociais.
“Agora você [Campos Neto] vem com a cantilena da reforma administrativa. Mais uma vez o mercado financeiro querendo impor a sua pauta como se conhecesse a realidade brasileira. Até aqui erraram todas as previsões. É muita arrogância e prepotência”, escreveu Gleisi, que provavelmente não tem espelho em casa.
Com informações do O Antagonista