Primeira dose da vacina da Pfizer reduz pela metade risco de infecção pela Covid-19 após 13 dias

A primeira dose do imunizante da Pfizer / BioNTech reduz em cerca de 51% do risco de infecção pela Covid-19 entre 13 e 24 dias após a vacinação, aponta um novo estudo realizado em Israel, publicado na revista científica americana Jama. Contra casos sintomáticos da doença, vacina conhecida como efetividade de 54%.  

Pesquisadores do Centro de Pesquisa e Inovação do Instituto Maccabi e da Escola de Saúde Pública da Universidade de Tel Aviv analisaram dados de 503.875 pessoas de 16 anos ou mais que receberam a primeira dose da Pfizer em Israel entre 19 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021.  

Entre eles, para 351.897 havia dados de acompanhamento até 24º dia após a vacinação. Foram utilizadas informações dos bancos de dados dos Serviços de Saúde de Maccabi, uma das organizações de manutenção de saúde do país.  

O objetivo do estudo, publicado em segunda-feira, foi avaliar a efetividade de curto prazo da primeira dose da vacina da Pfizer na redução da infecção por SARS-CoV-2 em “configurações do mundo real”.  

Os autores destacam que em meio a um sobre o Covid-19, as autoridades do Reino Unido decidiram vacinar um grande número de pessoas com alto risco no menor tempo possível, adiando o intervalo entre as doses, que antes tinha indicação de 21 dias, para 12 semanas. O mesmo intervalo de três meses entre as doses foi adotado no Brasil.  

Os pesquisadores fizeram uma comparação da taxa de incidência de novos casos entre dois períodos: de 1 a 12 dias após a primeira dose, e de 13 a 24 dias.  

Foram identificados 3.098 casos de infecção por coronavírus confirmados por teste RT-PCR, dos quais 2.484 ocorreram nos primeiros 12 dias e 614 ocorreram entre o 13º e os 24º dias. Respectivamente, um táxon de aumento para cada período foi de 43,41 doenças por cem mil pessoas (12,07), e 21,08 infecções por cem mil pessoas (6,16).  

Segundo os resultados, a efetividade da vacina foi de 51,4% depois de 13 dias da aplicação da primeira dose. Os pesquisadores destacam que uma redução reduzida no relatório de casos Covid-19 foi evidente a partir do 18º dia após a primeira dose.  

Os resultados concordam com os dados de eficácia da vacina após a primeira dose relatados no ensaio clínico de fase 3, destacam os autores. Eles explicam que o nível de proteção após apenas a primeira dose é comparável ao mínimo aceitável de eficácia (total, após a dosagem completa) de 50% indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos critérios para aprovar vacinas contra a Covid- 19.  

A vacina induziu um nível de neutralizantes – que impede um microorganismo infectar novas células – um pouco menor para pessoas com mais de 65 anos em comparação com indivíduos de 18 e 55 anos. “A resposta de neutralizantes muito boa após o reforço de 21 dias, conforme índice no estudo de imunogenicidade, é encorajadora, sugerindo uma chance muito boa para proteção de alto nível contra infecção por SARS-CoV-2 após a imunização com a segunda dose “, afirmam os pesquisadores, em referência a um estudo anterior sobre a vacina.  

O novo estudo de Israel não avaliou o desempenho após a segunda injeção.  

Os pesquisadores destacam que, embora os resultados após a primeira dose sejam encorajadores, a vacina da Pfizer “deve ser administrada em um regime de duas doses com 21 dias de intervalo, conforme licenciado para aprovação de uso de emergência, para alcançar proteção máxima e impacto na redução da carga de Covid-19 e possivelmente a transmissão do SARS- CoV-2 “.  

Em ensaio clínico, a vacina da Pfizer eficácia de 95% na prevenção da Covid-19 com o regime de duas doses, com a segunda administração 21 dias após a primeira. 

FONTE: O GLOBO/AGORA RN  

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