Houve um tempo no qual se acreditava que as pessoas nasciam alérgicas ou não alérgicas, e essa condição não mudava ao longo da vida. Porém, esse entendimento já foi vencido e, como alerta a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), grande parte dos alérgicos do Brasil desenvolveu essa resposta do sistema imunológico como resultado de mudanças no estilo de vida.
De acordo com a Associação, cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia, e uma soma representativa desse grupo não tinha a reação mas passou a ter, tornando-se sensível a proteínas estranhas.
A médica do Hapvida NotreDame Intermédica, Mirella Fulco, explica que alergia é uma falha imunológica, uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo a alguma substância. “O sistema imunológico confunde uma substância ou um alimento específico com invasores e produz anticorpos contra eles. Essa resposta do organismo pode desencadear uma série de reações”, esclarece.
Mirella Fulco explica ainda que um maior consumo de alimentos ultraprocessados, mudanças ambientais e nos hábitos alimentares afetam a forma como nosso corpo reage. “Tudo isso pode interferir com o nosso DNA e fazer com que genes que não se manifestavam, estavam reprimidos, se liberem e comecem a provocar alterações”, explica a especialista.
Sobre estratégias para evitar a alergia, a médica do Hapvida NotreDame Intermédica afirma que elas não existem, mas é possível adotar um estilo de vida saudável para minimizar os riscos, bem como procurar um profissional de saúde para orientações de prevenção e de urgência: “Qualquer indivíduo, independentemente da idade, está sujeito a alergias”.
No próximo domingo (07), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Alergia e especialistas aproveitam a data para alertar sobre o desenvolvimento da doença em crianças e adultos. A celebração, definida pela Asbai em parceria com o Ministério da Saúde (MS), chama a atenção não só para a prevenção, mas também para o diagnóstico e o tratamento de doenças alérgicas em todo o Brasil.