Lula ironiza planos de anexação de Trump: “Resta dominar a Antártida”

Imagem: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou as propostas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar o Canadá e a Groenlândia. Em entrevista à revista The New Yorker, publicada nesta quarta-feira (8/5), o petista disse que “a única coisa que resta para ele dominar é a Antártida”.

“Por que a Rússia e os Estados Unidos querem aumentar seus territórios se não conseguem nem administrar o que já têm?”, questionou o chefe do Planalto.”

Desde que assumiu o mandato, Trump tem intensificado a pressão para avançar sobre o território da Groenlândia (hoje, sob administração da Dinamarca) e do Canadá.

Na segunda-feira (6/5), o republicano se reuniu com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, que frisou a independência do país. “Há alguns lugares que não estão à venda. E o Canadá não está à venda, nunca estará”, disse.

Democracia
Durante a entrevista, Lula alertou sobre o “desaparecimento” de valores democráticos em meio às crescentes tensões econômicas e políticas no mundo. “A democracia com a qual aprendemos a conviver depois da Segunda Guerra Mundial, o funcionamento do multilateralismo como um papel importante nas relações entre os Estados, o respeito à diversidade, a soberania de cada país estão agora desaparecendo”, destacou.

Lula também relatou uma conversa que teve o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em que tentou dissuadi-lo da ideia de seguir com a guerra contra a Ucrânia.

“Liguei para Putin e disse: ‘Putin, acho que está na hora de você voltar para a política. Acabar com isso. O mundo precisa de política, não de guerra. Você faz falta. Não há pessoas suficientes para sentar à mesa e discutir o destino do planeta: O que queremos para a humanidade?’”, contou.

O petista ainda disse que não conversou com Trump desde a posse do republicano. “Se, como representante do Estado americano, ele quiser falar com Lula, o representante do Estado brasileiro, falarei com ele com calma”, pontuou.

Fonte: Metrópoles

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