O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), publicou um vídeo nas redes sociais, na noite desta quarta-feira 28, em que celebra a decisão da Justiça Eleitoral de rejeitar pedidos de cassação de seu mandato. “Ninguém derruba o que o povo levantou”, declarou o prefeito.
“Queriam no tapetão o que não conseguiram nas urnas. Queriam derrubar um mandato legítimo, escolhido pela maioria do povo de Mossoró. Mas perderam de novo”, afirmou, em uma crítica aos adversários que acionaram a Justiça Eleitoral. Para o prefeito, o episódio representa mais um capítulo de uma sequência de tentativas de deslegitimar a gestão atual, que ele classifica como alvo de “perseguições políticas”.
Allyson denunciou ainda o que considera um esforço para desacreditar o sentimento popular que o levou à prefeitura. Segundo ele, adversários chegaram a dizer que o entusiasmo nas ruas, o engajamento nas redes sociais e até as passeatas lotadas durante a campanha eram artificiais
“Tentaram dizer que o sentimento do povo não era real. Mas como é que se finge o brilho nos olhos de uma cidade inteira que se levantou, que acreditou, que fez história?”, questionou. Ele mencionou o caso de uma criança chamada Elis, internada na UTI, que se animava a sair da cama ao ouvir a música da campanha, como símbolo da ligação emocional entre sua candidatura e a população.
O prefeito também falou sobre sua origem humilde. “Sou filho da zona rural, estudei em escola de barro, enfrentei dificuldades a vida inteira. E hoje sou aprovado por 86% dos mossoroenses”, afirmou. Ele atribui o reconhecimento popular ao trabalho da gestão e ao cumprimento de promessas que, segundo ele, foram ignoradas por antigos gestores. Um exemplo citado foi a situação dos camelôs, que passaram décadas sendo empurrados de administração em administração. “Diziam que ninguém conseguiria resolver. A gente foi lá e resolveu. Construímos um centro comercial digno e tiramos mais de 300 famílias da insegurança e da invisibilidade.”
Durante o pronunciamento, Allyson disse governar para toda Mossoró, sem distinção de voto. “Nosso compromisso é com Mossoró inteira. Governamos para quem votou com a gente e para quem não votou”, afirmou. O prefeito também afirmou que o Rio Grande do Norte observa com atenção o que vem sendo feito no município. “Isso incomoda muita gente. Incomoda quem sempre mandou e não aceita que agora é o povo quem decide.”
Em tom de alerta, ele disse acreditar que novas tentativas de ataque virão, mas reforçou sua confiança na união com a população. “Nem precisa ter bola de cristal para saber que outras perseguições virão. Mas se a gente continuar junto, como sempre estivemos, ninguém derruba o que o povo levantou. E quando Deus está no comando, não há mentira que resista à verdade”, concluiu.
Relembre: Justiça rejeitou pedido de cassação dos mandatos de Allyson Bezerra
A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte rejeitou duas ações que buscavam cassar os mandatos do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e do seu vice, Marcos Medeiros (PSD). As ações, agora arquivadas, acusavam Allyson e Marcos de abuso de poder político, econômico e midiático nas eleições de 2024, quando Allyson foi reeleito.
A sentença foi proferida pelo juiz Cláudio Mendes Júnior, da 33ª Zona Eleitoral, na última sexta-feira 23. Cabe recurso da decisão.
As ações foram protocoladas na Justiça Eleitoral por adversários derrotados por Allyson nas eleições de 2024. Uma das ações é assinada por Lawrence Amorim (PSDB) e Carmem Julia (MDB), que foram candidatos a prefeito e vice, respectivamente. Já a outra ação é encabeçada pela coligação do candidato Genivan Vale (PL).
Na avaliação dos adversários, a gestão municipal de Allyson Bezerra teria utilizado recursos públicos por meio de contratos de publicidade institucional para promover a imagem do prefeito e influenciar o pleito, utilizando empresas e influenciadores digitais locais.
Durante o processo, os autores das ações destacaram supostas irregularidades na contratação de blogueiros e influenciadores digitais com dinheiro público, alegando que estes atuaram como cabos eleitorais nas redes sociais. Também apontaram divergências entre os valores informados por agências de publicidade e os registros da Prefeitura no Portal da Transparência e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
No entanto, a Justiça entendeu que as divergências apontadas não eram suficientes para comprovar os abusos. O juiz responsável negou os pedidos de quebra de sigilo e de reabertura da fase de instrução, reforçando que “nulidades precisam ser demonstradas”, e que não havia fundamento jurídico para ampliar a coleta de provas em fase já avançada do processo.
COM INFORMAÇÕES DO AGORA RN